Terapia para quê e para quem?
Terapia pode ser um recurso importante para quem quer cuidar da saúde emocional. Quando as emoções se tornam insuportáveis e as reações que você tem a elas parecem prejudicar sua rotina pessoal e profissional, saúde e relacionamentos, esse é um indicativo de que você pode se beneficiar de apoio psicológico. Então vamos falar sobre terapia e para quem ela é indicada!
Terapia é um processo que vai te ensinar a lidar com suas dificuldades, mudar a interpretação que você faz das situações ou aceitar o que não pode ser mudado, mudar comportamentos prejudiciais, se fortalecer e desenvolver autocontrole.
Na terapia cognitivo-comportamental o conceito central é de que nossos pensamentos sobre nós mesmos, os outros e o mundo influenciam no que a gente sente (emoção), no que fazemos (comportamentos e atitudes) e em reações fisiológicas (como tudo isso se manifesta no nosso corpo).
No processo terapêutico iremos, então, trabalhar para identificar e modificar pensamentos e crenças arraigadas que possam estar influenciando e provocando sintomas, impedindo você de realizar o que deseja ou de ser quem e como você gostaria.
Para ilustrar, um exemplo de situação que pode ser indicativo de alguma crença prejudicial arraigada é aquela em que você sabe o que fazer, tem as ferramentas e conhecimentos necessários para realizar o que se propôs, tem os recursos necessários, mas trava na hora de ir para a ação e não consegue entender o por quê. Se formos aprofundar esse caso na terapia, é possível que encontremos uma crença de desvalor forte e arraigada desde a infância, que está associada a um pensamento de impossibilidade, de dúvida sobre as próprias capacidades e um pensamento do tipo “eu não vou conseguir” ou “não vai dar certo”. Em terapia vamos trabalhar para lidar com as emoções ligadas a essa crença e mudanças de hábitos prejudiciais que foram sendo construídos e reforçados em sua vida ao longo dos anos.
Esse modelo de terapia é chamado terapia educativa por sua característica de orientação, psico-educação e informação sobre como as questões emocionais influenciam na saúde mental. O paciente, em geral, não fica dependente de terapia pois, ao longo do processo, vai sendo preparado para lidar, de forma autônoma, com suas dificuldades emocionais.
A terapia, em geral, é para quem percebe que seus sintomas vem lhe causando dificuldades rotineiras em suas relações, afetando inclusive o desempenho no trabalho, a convivência entre amigos e familiares.
Sintomas como mudanças bruscas de humor (agressividade, irritabilidade e apatia por exemplo) falta de vontade de fazer coisas que antes pareciam prazerosas, vontade de ficar na cama e falta de energia para as atividades de rotina são alguns dos indicativos de que seu emocional possa estar fora do seu controle.
O tratamento é recomendado para casos de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós traumático, TOC, Síndrome de burnout, transtorno de personalidade borderline e bipolar, dentre outros transtornos diagnosticados por psiquiatra. Pessoas com dificuldades de relacionamento, descontrole emocional, comportamentos prejudiciais também tem resultados positivos após tratamento com a terapia cognitivo-comportamental.
Cristina Soraia S. Curvelo de Lucena
Psicóloga Cognitivo-Comportamental e terapeuta do Esquema