Depressão: negar ou enfrentar?
A Depressão tem invadido nossas casas, escritórios, empresas e sentado ao nosso lado diariamente nos transportes, restaurantes, shoppings e até em casa. Mesmo em lindas fotos, cheias de sorrisos largos, nos eventos mais bacanas, alí também a depressão pode estar escondida.
Você está informado e preparado para identificar ou desconfiar de que possa estar diante dessa doença? O diagnóstico cabe ao profissional qualificado, mas estando informado você poderá, no mínimo, desconfiar de que possa precisar de ajuda para si ou alguém que você ame.
Então conheça alguns dos sinais e sintomas mais comuns e as diversas formas como se manifestam.
Corpo: Cansaço, pouco apetite ou excesso, tendência a um rosto apático com sorriso forçado (quando sorri), olhar evasivo, fadiga, perda de energia, falta de tônus, insônia ou hipersonia.
Pensamento: A “certeza de que tudo de pior pode e vai acontecer” é um pensamento constante. “Quando melhorar eu faço” e a promessa mais frequente e uma idéia que não sai da cabeça enquanto a pessoa tenta se confortar por não sair da cama. “Se eu sentir vontade eu vou”, também pensamento de morte recorrente, de inutilidade, dificuldade de concentração.
Comportamento: Queixas sobre tudo, mesmo nos momentos festivos e alegres, negativismo, Isolamento social, adiam atividades complexas e de rotina, recusa de atividades que gerem prazer, envolvimento em atividade desestimulante.
Sentimento: Solidão, baixa auto-estima, desprazer, falta de vontade, desânimo, mal humor constante, culpa excessiva, dificuldade de estruturar o raciocínio.
Só quem sofre de depressão sabe o quanto é difícil falar em se realizar algo, pois o fato é que não dá vontade, nada tem graça, sensação de fraqueza e impotência são tão grandes que a pessoa passa a questionar as próprias qualidades e valores.
A recomendação para quem se vê diante de muitos desses sintomas é que procure apoio psicológico e psiquiátrico. O profissional da psiquiatria saberá identificar se existe necessidade de regular a química cerebral com uso de medicação e o psicólogo te apoiará no processo de reestruturação cognitiva, a fim de que ocorra a mudança de hábitos e comportamentos identificados pelo paciente como nocivos e prejudiciais. É imprescindível aceitar que precisará de apoio para lidar com esses sintomas que parecem tão devastadores, pois ninguém escolhe ter depressão, mas pode escolher agir para se “livrar” dela, ou amenizar os sintomas para ter uma vida mais funcional.
Cristina Soraia S. Curvelo de Lucena
Psicóloga Cognitivo-Comportamental e terapeuta do Esquema